Page 196 - 9F O APANHADOR NO CAMPO DE CENTEIO
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Ela sentou de novo na cadeira ao lado da escrivaninha. Mas via-se logo
que ela não estava gostando. Começou a balançar o pé outra vez - puxa, que
garota nervosa.
- Você gostaria de fumar um cigarro agora? - perguntei. Esqueci que ela
não fumava.
- Eu não fumo. Escuta, se você quer falar, fala logo. Eu tenho mais o que
fazer.
Mas eu não conseguia pensar em nada para dizer. Pensei em perguntar
como é que ela havia se tornado uma prostituta e tudo, mas fiquei com medo de
fazer uma pergunta dessas. De qualquer maneira, provavelmente ela não teria me
respondido.
- Você não é de Nova York, é? - acabei dizendo. Não consegui pensar em
outra coisa.