Page 351 - 9F O APANHADOR NO CAMPO DE CENTEIO
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- Ah, não precisa ficar com medo. Eu não ia queimar a tua mão. Parava
antes que ficasse... Psiu!
Aí, dum salto, ela se sentou na cama, empertigada pra diabo. Levei um
susto desgraçado.
- Quê que houve?
- A porta da frente! - ela disse num sussurro alto. - São eles.
Pulei depressa da cama e apaguei a luz da escrivaninha. Aí apaguei o
cigarro na sola do sapato e botei a guimba no bolso. Aí comecei a abanar o
quarto como um doido, para espalhar a fumaça - puxa, eu não devia era estar
fumando lá. Aí apanhei meus sapatos, me meti no armário e fechei a porta. Puxa,
meu coração estava batendo como um filho da mãe.
Ouvi minha mãe entrar no quarto.