Page 415 - 9F O APANHADOR NO CAMPO DE CENTEIO
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Não  havia  muita  gente  no  Jardim  Zoológico,  porque  o  tempo  estava

               mesmo uma droga, mas havia algumas pessoas em volta da piscina dos leões-
               marinhos e tudo. Eu ia seguir direto, mas a danada da Phoebe parou e fingiu que
               estava vendo os leões-marinhos serem alimentados - tinha um sujeito jogando
               uns peixes para eles - por isso voltei. Imaginei que era uma boa oportunidade
               para chegar perto dela e tudo. Fui até lá, parei atrás dela e experimentei pôr-lhe
               as mãos no ombro, mas ela dobrou os joelhos e escapuliu. Ela sabe ser malcriada
               quando  quer.  Continuou  ali  em pé, enquanto os leões-marinhos comiam, e eu

               postado bem atrás. Não tentei botar a mão outra vez no ombro dela nem nada,
               porque, se tivesse tentado, ela teria certamente me dado outro fora. As crianças
               são gozadas. A gente tem que se cuidar com elas.










                      Quando saímos da piscina dos leões-marinhos, ela não veio andando a meu
               lado,  mas  já  não  estávamos  tão  longe  um  do  outro.  Ela  ia  numa  beirada  do
               passeio e eu na outra. Não era lá grande coisa, mas era melhor do que antes,
               quando ela ficava a um quilômetro de distância. Seguimos em frente e passamos

               algum tempo olhando os ursos, no alto daquela colinazinha, mas não havia muita
               coisa para se ver. Só um dos ursos estava do lado de fora, o polar. O outro, o
               marrom, estava metido na droga da cova e não saía de jeito nenhum. Só dava
               para ver o traseiro dele. Ao meu lado tinha um garotinho, com um chapéu de
               cowboy que praticamente lhe cobria as orelhas, que ficava dizendo para o pai
               dele: "Faz ele sair, pai. Chama ele, pai!" Olhei para a Phoebe, mas ela não estava

               achando graça. Sabe como é criança quando está zangada com a gente, não acha
               graça em nada.










                      Depois de ver os ursos, saímos do Jardim Zoológico, atravessamos aquela
               ruazinha no parque e passamos por baixo de um daqueles túneis pequenos que
               estão  sempre  cheirando  a  mijo.  Era  no  caminho  do  carrossel.  A  danada  da
               Phoebe ainda não conversava comigo nem nada, mas já estava andando meio ao
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