Page 146 - 9F O APANHADOR NO CAMPO DE CENTEIO
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Ainda era bem cedo. Não me lembro da hora, mas não era muito tarde. Se
há uma coisa que detesto é ir para cama sem estar nem ao menos cansado. Então
abri as malas, tirei uma camisa limpa e fui para o banheiro, me lavei e mudei a
camisa. Me deu vontade de descer e ver se estava acontecendo algum troço no
Salão Lavanda. O tal Salão Lavanda era a boate do hotel.
Enquanto mudava a camisa, por pouco não dei um telefonema para minha
irmã caçula, a Phoebe. Vontade de falar com ela não faltou. Ela tem um bocado
de bom-senso e tudo. Mas não podia me arriscar, porque ela é muito criança e
não ia estar acordada, muito menos por perto do telefone. Pensei que poderia
desligar se meus pais atendessem, mas isso também não ia dar certo. Eles iam
logo ver que era eu. Minha mãe sempre sabe que sou eu. Ela tem um sexto
sentido, no duro. Mas bem que gostaria de bater um papinho com a Phoebe.
Valia a pena conhecê-la. Juro que ninguém nunca viu uma criança mais